No último domingo (28), Franklin de Freitas, editor de fotografia do jornal Bem Paraná e presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Paraná (Arfoc-PR), tornou-se vítima de um ataque de racismo enquanto trabalhava na cobertura do jogo entre Coritiba e Brusque, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro. Durante o intervalo da partida, no estádio Couto Pereira, Franklin foi abordado por um torcedor que proferiu ofensas raciais, chamando-o de “preto filho da p…”. O incidente levou o fotógrafo a registrar um boletim de ocorrência na Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe).
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O repórter fotográfico, que conquistou há pouco mais de um ano o primeiro lugar no prêmio Fiep de Jornalismo, na categoria Fotojornalismo, com uma imagem impactante sobre a indústria de fundições no Paraná, foi mais uma das muitas vítimas do ato de preconceito. A fotografia premiada faz parte da reportagem “Filhos do Fogo – Termômetro da economia e base da indústria, fundições voltam a crescer no Paraná”, que foi ideia do próprio Franklin e escrita pelo repórter Rodolfo Luis Kowalski.
Polícia e o Coritiba
Após o ataque de racismo, Franklin foi cercado pelo apoio de colegas e autoridades. A Polícia Civil do Paraná, via Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos, iniciou investigações para identificar o autor das ofensas, com ajuda de imagens fornecidas por torcedores presentes no estádio. Além disso, a diretoria do Coritiba Futebol Clube foi notificada para auxiliar no processo de identificação do torcedor, o que pode resultar em responsabilizações civil e criminal. O Coritiba já informou a Franklin e às autoridades que já identificou no torcedor que as informações repassadas à Demafe.
Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal se manifesta
O caso também provocou a reação de políticos. O vereador e jornalista Márcio Barros, presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública da Câmara Municipal de Curitiba, que protocolou uma nota de repúdio e pediu providências ao delegado Geral da Polícia Civil e ao procurador Geral de Justiça.
Jornalista quer punição e justiça
Este episódio de racismo ressalta a persistência de atitudes racistas nos estádios brasileiros, apontando para a necessidade de mais ações efetivas no combate ao racismo no esporte. Enquanto isso, Franklin de Freitas busca justiça e reafirma seu compromisso com um jornalismo que denuncia as injustiças e valoriza a dignidade humana. “Eu quero justiça e uma punição porque outras tantas pessoas passam por isso diariamente e não acontece nada” disse o jornalista, em vídeo publicado em sua conta no Instagram nesta segunda-feira (29).
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